(Para ser lido na frente de um espelho)
Ela olhava fixamente
para o espelho e ele possuía certo encanto que a prendia.
Ao olhar fixamente
para o espelho e ver sua imagem ela sentia como se estivesse vendo além da sua
imagem, às vezes não se reconhecia, às vezes sorria às vezes o olhar
entristecia ao lembrar-se de pessoas que passaram por sua vida, amigos,
amores...
Sorria ao lembrar-se
dos trejeitos e feições de alguns e entristecia por alguns não estarem mais em
sua vida, não da forma que ela gostaria que estivessem não com estiveram... Ela
olhava e o que a acalentava eram os seus cabelos que com o passar do tempo não
estariam mais castanhos, estariam branquinhos, o tempo é efêmero e a beleza
também pensamento se vão e novos vem... Queria ela conseguir entrar no espelho
e utilizá-lo como uma ponte de teletransporte para visitar espelhos de pessoas
queridas.
(Sidiane Gondim)
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